Gestão sustentável


O último concurso público para o cargo de Analista Judiciário, da área judiciária, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, inovou em relação aos concursos anteriores ao incluir, entre as disciplinas a serem cobradas, direito ambiental e noções de sustentabilidade.

Trata-se de uma bem-vinda cobrança, uma vez que a questão ambiental tem reflexos no funcionamento do tribunal não apenas na sua atividade fim, uma vez que os tribunais a cada dia são mais cobrados a solucionar litígios nessa área, mas também para a atividade meio, visto que qualquer instituição que almeje a excelência precisa estar atenta quanto a sua interação com o meio ambiente.

Não é de hoje que a Justiça Federal do Rio de Janeiro tem mostrado preocupação com a questão, através de programas de reciclagem, de coleta de material descartável como baterias de telefones e pilhas e em investimentos em eficiência energética.

Neste ponto, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região dá um importante passo na gestão de seus recursos humanos, ao exigir de seus futuros funcionários conhecimentos ligados não apenas ao direito ambiental, mas ao desenvolvimento sustentável.

Pensar a gestão ambiental é antes de qualquer coisa pensar nas gerações futuras, entender que a dignidade da pessoa humana não se esgota na geração presente, mas deve perdurar pelas que virão, não é por menos que a nossa Constituição Federal dedicou parte expressiva de seus dispositivos à questão ambiental.

De acordo com a nossa carta magna, “todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado”, cabendo ao poder público e à coletividade o direito de protege-lo (artigo 225).

Pensar o uso dos recursos naturais com equilíbrio, evitar o desperdício, saber a melhor maneira de destinar o lixo e reaproveitar o máximo os insumos utilizados é de suma importância para que as gerações futuras não paguem a conta da nossa insanidade consumista.

Isso vale tanto para a gestão empresarial quanto para a gestão doméstica, um chamado à solidariedade no presente, pois a maneira como utilizamos os recursos materiais e energéticos podem ter influências em outras partes do mundo, como ao futuro, para que a humanidade não continue a marchar em passos largos para a extinção.

Foto: Pixabay

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